Ingui

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(Pronúncia reconstruída do nome)
Significado do nome: Desconhecido, embora a palavra 'Ingwine' ou 'Amigos de Ing' apareça como um sobrenome dos dinamarqueses em fontes anglo-saxãs.

Pronúncia: O primeiro 'i' é pronunciado como 'i' em 'thing' e 'ui' soa semelhante a ui em 'linguiça', ou francês 'oui'.

Outros nomes: Ing, Ingui Frēa 'Senhor Ingui', Yngvi Freyr (nórdico antigo), *Ingwaz (proto-germânico).



Função: Ingui é o progenitor divino dos ingaevones, o grupo cultural germânico ocidental que tem seu nome. Os ingaevones mais tarde seriam os anglos, saxões, frísios e jutos – as três tribos mais proeminentes que se estabeleceram na Inglaterra durante a Era das Migrações.

Ingui é o filho de Mannus, filho de Tuisto, o deus nascido da terra (deum terra editum), e deu seu nome aos Ingaevones. Em Beowulf, Hrōþgār, um dinamarquês, é chamado frēan Ingwine "Senhor dos Ingwins", o que pode ter implicado outras conotações religiosas que estão perdidas para nós agora. Na mitologia nórdica, ele é tipicamente considerado o filho de Njǫrðr, que não é atestado na mitologia anglo-saxônica.

De acordo com fontes nórdicas, Ingui é o Senhor dos Elfos, e, como tal, aquele que supervisiona os mortos bons e ancestrais dentro dos montes funerários. Esse papel como Deus dos Mortos-nos-Montes o coloca como uma divindade ctônica, do submundo. Há alguma especulação de que os montes funerários pretendiam simbolizar o "útero", onde se acreditava que os mortos poderiam eventualmente renascer da Terra. Isso sugere que Ingui, ao ser o Deus dos Antepassados, também é Deus de renascimento e renovação cíclica.

Ingui também é um deus de fecundidade e virilidade masculina, sugerido pelas imagens dele que ostentam um falo grande e ereto. Como divindade de fertilidade, Ele vê a proliferação de homens e a criação de animais. Ingui age como a contrapartida masculina da feminilidade de Frīġ.

Iconografia: Figuras encontradas em toda a Inglaterra ostentando grandes falos pensa-se que representam Ingui em seu papel como deidade masculina da fertilidade. Qualquer imagem fálica é aparentemente adequada. Na mitologia nórdica, Yngvi Freyr está intimamente associado ao javali, um símbolo que ocupa um lugar proeminente nos elmos da Era Vendel e dos anglo-saxões.

Fontes atestadas: Ing aparece no poema rúnico anglo-saxão com o mesmo nome do herói entre os dinamarqueses do leste e como Ingui nas Genealogias reais de Bernicia. Ele também é referenciado em Beowulf.

Interpretatio Romana: Nenhuma. Possivelmente Mercurius por meio do gaulês Moccus, o Deus dos suínos.

Bīnaman Contemporâneos (sugeridos pelo Larhus Fyrnsida): Ælfcyning (Rei dos Elfos), Beorgweard (Guarda dos Montes), Æhteman (Esposo), Eowend (Virilidade), Swīnen (Dos Suínos).

Fontes:
Ing, Heargweard. <https://heargweard.org/gods/ing/>
Ingui, Larhus Fyrnsida <https://larhusfyrnsida.com/fundamentals/godu/ing-frea/>

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